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AÇÃO OU CORTA? - INVOCAÇÃO DO MAL 4: O ÚLTIMO RITUAL

  • Foto do escritor: cinematake2
    cinematake2
  • 3 de set.
  • 3 min de leitura

Confira nossa crítica sobre o filme.


UM ADEUS SEM TERROR


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Chegamos ao fim da icônica franquia "Invocação do Mal" . O filme marca a nona produção do universo compartilhado da saga (se considerarmos A Maldição da Chorona), que inclui ainda derivados como Annabelle e A Freira.

Desde o primeiro longa, lançado em 2013, o casal Warren conquistou o público com histórias baseadas (com liberdade criativa) em seus arquivos paranormais. Mas será que esse encerramento fez jus à trajetória?


Invocação do Mal 4 não entregou o que prometia. A expectativa era alta - e talvez esse tenha sido um dos problemas. A proposta do filme é clara: fechar a saga com foco nos Warren, seu relacionamento e seu legado. E nesse sentido, cumpre o que se propõe. Patrick Wilson e Vera Farmiga continuam com uma química admirável, e ver o desenvolvimento do vínculo entre Ed e Lorraine é, de fato, um dos pontos mais fortes do filme. Há emoção, parceria e um senso de continuidade que agrada aos fãs mais fiéis do casal.

O problema é que o terror, elemento central de toda a franquia, ficou em segundo plano.

Apesar de o trailer prometer sustos intensos, o filme é surpreendentemente brando nesse quesito. Há pouquíssimos jump scares – e apenas uma cena realmente assustadora –, o que é muito pouco se comparado ao clima sombrio e envolvente dos anteriores. A tensão simplesmente não se sustenta. Em vários momentos, a sensação era de que “algo deveria estar acontecendo”, mas a narrativa parecia estagnada.

O ritmo é outro ponto fraco. O filme demora a engrenar, o que pode cansar até os mais pacientes. Quando finalmente se aproxima do clímax, tudo é resolvido de forma apressada, com um final que parece mais um “encerramento protocolar” do que uma conclusão impactante. A sensação é de que a história foi escrita apenas para encerrar o arco, sem se preocupar em emocionar ou surpreender o espectador.


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Um destaque positivo é a presença mais forte de Judy, filha dos Warren, que agora ganha espaço na trama e até tem seus próprios momentos sobrenaturais. O filme dá pistas de que ela pode seguir os passos dos pais – uma possibilidade interessante para o futuro do universo, caso decida se expandir. Também há referências aos filmes anteriores, como os artefatos já conhecidos dos fãs.


No entanto, o caso investigado nesta história – o da família Smurl – é mal explorado. Ao contrário de Invocação do Mal 1, 2 e 3, onde há uma construção sólida das famílias envolvidas, aqui os personagens não são aprofundados e qualquer possibilidade de conexão emocional acaba sendo diluída. As entidades demoníacas também não são bem desenvolvidas; uma vez reveladas, perdem completamente o impacto. Há momentos em que o terror cede lugar ao exagero visual, com efeitos que soam artificiais e pouco assustadores.

Além disso, o roteiro falha ao deixar de lado partes importantes do caso real – e nem ao menos se aprofunda nas entidades ou no próprio demônio que assombra a família. Isso decepciona especialmente os fãs mais atentos aos livros e à história por trás dos Warren, que aqui foi romantizada demais e distorcida em relação aos relatos originais.


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Conclusão:

Invocação do Mal 4: O Último Ritual é um filme morno. Embora funcione como um fechamento afetivo para a saga de Ed e Lorraine Warren, falha ao entregar o terror que consagrou a franquia. Fica a sensação de um encerramento apressado, mais focado em homenagear os protagonistas do que em assustar – e isso pode dividir opiniões.

Para quem é fã do casal, há momentos de emoção e nostalgia. Mas para quem esperava um filme realmente assustador, como os primeiros, o resultado pode ser frustrante.

Ainda assim, a experiência de assistir no cinema, especialmente em IMAX, que traz um valor extra. E mesmo com suas falhas, é sempre válido acompanhar o final de uma das franquias mais marcantes do terror moderno.





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